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Em uma sociedade dominada pelos “Coronéis, Políticos, Jagunços e a Igreja” um jovem humilde e apaixonado, aprenderá a lidar com seus sonhos, medos, ilusões e frustrações. Seja bem-vindo a uma grandiosa jornada de animação. Para conquistar o Amor de Florzinha, Biriba parte em busca do lendário tesouro dos mamulengos que conta a lenda é guardado pelo próprio “Cão-Rabo-Chamuscado” guardião do Submundo do sertão nordestino. Mais que uma história é uma enchente de vida e esperança: mais pelo amor tudo é possível. Afinal, quem nunca fez uma loucura por amor?

 


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- Empanada montada, bonecos em mãos a jornada começa. Acendam as luzes apagam as luzes. Quando a vida não é fácil as coisas não parecem certas. Eu me levanto e entre homens, santos e demônios eu caminho. Meu destino sou eu quem traça, meu caminho eu vou escolher. A ancestralidade de Preto Velho, o conhecimento de Vó Dita, a Santidade de Padinho Ciço e a benção de Minha Madrinha a Virgem Santa, minha Florzinha um dia conquistarei e todos os reinos deste sertão a ela entregarei. Caído no canto escuro, deitado como cão cansado, lambendo minhas feridas a sombra do Submundo nem o Tinhoso meus sonhos findarão. Quando no amor eu penso, sinto que vivo estou. Minha casa meu lar ei de retornar e vida digna e sem preocupações irei levar.

Trecho do roteiro do espetáculo: Biriba esta as margens do Submundo, cansado, machucado e exausto...

 

 

O espetáculo O TESOURO DOS MAMULENGOS aborda temas contemporâneos do universo infanto-juvenil e adultos, como solidão, E padrões estéticos e comportamentais, medos e escolhas de Biriba são colocados a prova e sua fé testada, em um grande jogo de tabuleiro, o que nos provoca a reflexão e entender nossos limites, quem somos, onde estamos e o que nos motiva, perguntas eternas que onstroem a identidade de cada sujeito.

 

Lidar com as injustiças e as diferenças é a grande questão desse personagem Biriba que luta contra suas “mazelas” cotidianas, entendidas aqui como as regras e padrões impostos pelas sociedades e a hegemonia (social, econômica e cultural).

Destarte, Tia Duda e seu filho Mestre Biriba que transcreve e registra suas histórias como autor e narrador, retrata esse cenário de mudança nas estruturas e processos centrais tanto das personagens como da sociedade.

 

Tanto novos personagens e bonecos são criados pelo grupo conforme o repertório de histórias se amplia como a criação dos diálogos seguem um storyboard predefinido que guia os bonequeiros no processo de improvisação do elenco, somados às subjetividades de cada artista e priorizados na dramaturgia final. Nosso trabalho prisma por aproximar o teatro de animação das artes visuais visando protagonizar bonecos e personas aos artistas/bonequeiros envolvidos e suas respectivas capacidades de codificar o mundo.

 

O produto final, assim como as criações de cenário, adereços e personagens, possibilita múltiplas leituras e neste momento a utilização de novos recursos narrativos uma vez o trabalho será feito em estúdio, mantendo sempre a tradição e forma narrativa típicas e únicas do teatro de mamulengos.

 

Ao final do processo de criação, conseguimos constituir um espetáculo vivido, contemporâneo capaz de emocionar, mentes e corações das pessoas independentemente da idade, através do lúdico e da brincadeira de mamulengo.

 

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O modelo de trabalho será o tradicional para a brincadeira de mamulengo com uso dos bonecos e da empanada. Porem o uso de cromaqui no lugar do tecido de chita tradicional da empanada e do fundo/cenário possibilita a criação de uma animação de novo formato, mais rica esteticamente e interativa o que acreditamos colabore para compensar a falta de contato e sinergia possibilitada pela presença física de público e artistas em um mesmo local.

 

 

O Teatro de Mamulengo ou brincadeira de Mamulengo é essencialmente caracterizado pela presença de um objeto intermediário entre os atores/manipuladores e o público/plateia.

 

Não se trata, portanto, de um espetáculo que segue os caminhos convencionais do palco e da rua, foge a esta estrutura e neste momento se adaptar ao formato digital.

 

 

Desta forma no tocante ao processo da pratica da dramaturgia universal é inconstante e dinâmico. Já que bonecos concentram novas possibilidades expressivas (e desafiadoras), que não se prendem nem as imagens, dos objetos, das figuras, dos bonecos e dos materiais, fugindo até das regras da física, voar é possível, invisibilidade existe, tudo é plausível em sua concepção dramatúrgica.

 

Neste projeto então, iremos explorar estas características e buscar uma nova linguagem pós pandemia, em um mundo conectado em que os palcos deixam de ser físicos e existem no mundo Etéreo da internet, o boneco e sua “forma animada”, torna-se o instrumento de comunicação e interlocução não só com o público, mas adentra um novo mundo de possibilidades.

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